(...)
Cheguei em casa atordoado, espantado. Entrei debaixo da
cama e lá mesmo começava a usar drogas. Fazia cigarros de maconha, de pó de
crack e de cocaína. Não parava nenhum instante pra nada. Em seguida, a campainha
tocou. Meu coração acelerou, pensei que era a polícia. Desci as escadas
cambaleando, olhei através do olho mágico, eram alguns amigos e umas mulheres.
Abrir a porta e os convidei para entrar. Fizemos uma festa. Tinha bebidas na
geladeira, comida e outros petiscos. Ligamos o som na maior altura. Levei
algumas mulheres pro meu quarto e lá transamos. Em seguida outros amigos
entraram no quarto e rolou uma suruba.
No outro dia a casa tava revirada. Não me recordava do que
tinha acontecido na noite passada. Acordei com uma ressaca braba. Tomei um
remédio e deitei na cama. Uma hora depois, os empregados chegaram e trataram
logo de arrumar a casa. Acordei por volta das cinco da tarde. Acordei excitado.
A campainha toca. Uma das empregadas abre.
─ Bruno. Seu amigo está lá embaixo querendo falar com você
─ falou uma empregada.
Desci e lá encontro Leandro. Forte, viril e ainda mais
bonito. Estava se cuidando da AIDS. Conversamos
até altas horas. Deu nove da noite e começou a cair uma tempestade lá fora. Era
chuva de verão. Não deixei Leandro ir embora debaixo daquela chuva. Convidei
pra dormir na minha casa e ele aceitou. Contei a ele como tinha me tornado um
famoso e rico jogador de futebol e porque deixei a carreira. Ele entendeu a
questão. Leandro é do tipo curioso. Olhou em volta do quarto e notou um pó de
cocaína sobre a mesa de cabeceira.
─ Você voltou a usar drogas?
─ Uso socialmente. Fase. Apenas uma fase.
Mentira minha! Usava todos os dias. Entramos num clima
legal. Ainda estava excitado desde a tarde. Perguntei a Leandro se ele ainda
era homossexual. Ele respondeu meneando a cabeça levemente num sim. Não falamos
mais nada. Tirei a roupa.
─ É isso o que você quer realmente? ─ ele perguntou.
─ É sim! ─ eu respondi já completamente nu e
excitado.
Leandro levantou e me beijou. Ele tirou a roupa também.
─ Eu te amo, Bruno. Como nunca amei nenhum outro
homem na vida. Deixa-me ser seu, pra sempre, me deixa ser seu ─ disse ele
carinhoso e acariciando meu rosto.
Deitamos
na cama e fizemos amor, como se fosse um casal de verdade. (...)
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